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desporto mocambicano

Aníbal Manave será confirmado na presidência da FIBA-África em Maputo  

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É um facto: o moçambicano Aníbal Manave será confirmado Presidente da FIBA-África para mais um mandato de quatro anos à frente do organismo máximo do basquetebol africano. O órgão reitor da bola-ao-cesto continental realiza o seu congresso electivo nos próximos dias 9 e 10 de Junho, justamente na cidade que viu nascer e brilhar a antiga estrela do basquetebol nacional, que vestiu as cores do Clube Desportos da Maxaquene e da selecção nacional. Consolidar os ganhos alcançados no seu primeiro mandato, marcado negativamente pela COVID-19 e alavancar o sector feminino, são as grandes apostas de Manave para o seu segundo mandato que vai iniciar na capital do país.

 

Por Alfredo Júnior  e António Muianga (Fotos)

 

Antes de projectar o seu próximo mandato, Manave fez uma radiografia do que foi o seu primeiro consulado na condução dos destinos da FIBA-África, um período marcado pela pandemia que não paralisou de todo a modalidade que teve que se reinventar para continuar o seu percurso, realizando competições em diversos escalões.

 

“Nos últimos quatro anos, tivemos acontecimentos muito interessantes para nós, momentos que conseguimos organizar muitas competições que tínhamos programados mesmo com a pandemia, tivemos que reinvertamo-nos realizando competições no formato de bolhas, fizemos formações em diversos formatos, aproveitando os desafios da pandemia. Foram quatro anos que apesar do COVID-19 África esteve a jogar basquetebol. Um dos desafios foi no sector feminino em que ficamos dois anos sem jogar a Taça dos Clubes Campeões e a prova foi reatada aqui em Maputo”, referiu Manave.

 

Após a avaliação do que sucedeu nos últimos quatro anos, Manave diz que a FIBA-África tem já definidos os pilares com os quais se deve guiar nos próximos tempos, destacando-se a consolidação da Basketball África League.

 

“O que definimos passa por consolidar os ganhos alcançados nos últimos, tal é o caso da Basketball África League lançada durante a COVID-19 e essa consolidação passa por as eliminatórias de acesso a esta competição profissional ser composta por mais jogos, mais equipas  e outro tipo de estrutura competitiva.

 

VEM AÍ A BAL EM FEMININOS

 

No segundo mandato, Manave propõem-se a dar especial atenção ao basquetebol feminino, através da melhoria do seu quadro competitivo interclubes, tal como acontece em masculinos, ainda que num formato ligeiramente diferente.

 

Tal como a BAL em masculinos, a introdução desta competição feminina está em processo, porém com um formato diferente, que irá de encontro às expectativas do basquetebol feminino. É verdade que terá menos tempo de competição, mas daremos oportunidade delas competirem ao mais alto nível e com as condições parecidas com a da actual BAL. A partir deste ano começaremos a ter diferentes sinais daquilo que será a BAL feminina. Temos o ‘feeling’ que até pode ser um sonho, mas indica que a primeira medalha que vamos conquistar ao nível do basquetebol africano quer ao nível dos jogos olímpicos quer ao nível do Mundial será em femininos, pelo que temos que potenciar este sector”, explicou Manave.

 

FORMAÇÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS NO CONTINENTE

 

O basquetebol de formação será outra das apostas para que se possa potenciar o talento que existe no continente, de modo a que as selecções possam competir ao mais alto nível nas provas mundiais.

 

“África é um contente que produz talentos diariamente e os mesmos não estão tendo o devido encaminhamento, por isso temos que de uma forma sistemática e estruturada temos que tirar proveito dos mesmos, temos que retê-los não os deixar imigrar. Um dos grandes ganhos que tivemos no mandato passado foi a realização de campus de treinamento que são centros que permitem que façamos a detenção e o devido encaminhamento dos mesmos. O que pretendemos fazer é criar condições para que estes talentos sejam potenciados e beneficiem os países africanos”, disse o candidato único à presidência da FIBA-África.

 

Outro pilar que deverá merecer a devida atenção do mandato que se segue está ligado à administração do basquetebol nos países africanos, sendo que a FIBA-África pretende melhorar a gestão da modalidade a partir das federações em cada um dos países.

 

“Continuamos a ter federações nacionais amadoras e com muitos problemas. Este é um dos pilares que queremos continuamente apoiar por forma a que só com federações nacionais fortes e profissionais é que o basquetebol africanois poderá evoluir”, disse Manave.

 

Manava perspectiva mobilizar parcerias público-privadas para a construção de infraestruturas básicas para que as competições do basquetebol possam ocorrer para que continue a sua espiral de desenvolvimento como se registou nos últimos quatro anos. (LANCEMZ)

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